terça-feira, 13 de março de 2007

Sir Alfred Hitchcock

. Emma e William são simples nomes britânicos. Mas se eu disser que são os pais de um dos melhores cineastas de todos os tempos, criarei maior êxtase e deixarão de ser simples.
. Sir Alfred Joseph Hitchcock era o seu nome. Desde miúdo que preferia ser chamado de Hitch pelos colegas gozarem com seu apelido ("cock" - pénis em inglês). A sua família era católica praticante e foi sempre marcado pela severidade na educação por parte do pai, vivendo sempre na solidão por ter irmãos mais velhos.
. Respeitado por todos pela a sua genialidade nos filmes de suspense, Hitch viveu dividido por dois países: Inglaterra – onde começou a sua carreira, e Estados Unidos – onde realizou os melhores clássicos do cinema.
. Um ex-polícia culpa-se pela morte de um colega após cair do cimo de um edifício (ficando com vertigens) e apaixona-se desesperadamente por uma mulher irreal. James Stewart (sempre preferido por Hitch) e Kim Novak são os protagonistas de uma intriga psicológica e complexa. É esta a sinopse de “A Mulher que viveu duas vezes” ou “Vertigo”.
. “Os pássaros fazem-se sentir bem” disse um dia Hitchcock. A partir da ideia de aves vulgares que atacam pessoas sem motivo aparente, o mestre do suspense criou um thriller clássico, Os Pássaros. Uma relação amorosa que começou numa loja de animais acaba com um ataque inesperado destes animais amigáveis.
. Apesar de não ser a favor de nenhuma política em particular senão a política nos filmes que realizou, Hitchcock mostrava um mecanismo anti-comunista, sempre desenvolvido contra a sociedade constituída, usando a violência para mostrar a sua indignação perante o sistema e para reivindicar os seus direitos.
. Será lembrado para sempre como o grande “Mestre do Suspense” – o melhor de todos os tempos.

quarta-feira, 7 de março de 2007

"Evolução na continuidade", Marcelo Caetano

Quando Marcelo Caetano tomou posse da chefia do governo, afirmou que não podia ignorar o antigo regime (Estado Novo), muito pelo contrário, atribuíu a António de Oliveira Salazar, antigo presidente do Conselho, um título de génio. Assim, para assistir aos dois pólos políticos em Portugal, este resolveu, de certa forma, continuar a política do regime, mas com promessas de algumas reformas, essas que para os portugueses seriam o príncipio da liberdade. Contudo, esse sentimento de esperança do povo não se afirmou, na medida em que o novo primeiro-ministro foi obrigado a voltar à repressão, à censura e condenação de opositores nas famosas prisões políticas, uma vez que o povo começava a pressionar Marcelo Caetano através, por exemplo, do livro de Spínola que criticava violentamente o regime de então.
Assim, posso concluir que existiram duas fases de governo de Marcelo Caetano. A primeira, aqui já falada, manisfestou-se através da esperança de mudança (Primavera marcelista). A segunda fase foi consequência da primeira, que se baseou numa posição de retorno das antigas políticas para que a autoridade e o respeito estivessem acima de tudo. Marcelo Caetano pode ter sido um presságio da revolução de Abril.